A Câmara dos Deputados realiza nesta manhã uma comissão geral sobre a política energética e o desenvolvimento econômico e social do País. "As mudanças energéticas e a transição para uma economia de baixo carbono estão em discussão no mundo todo, porém, no Brasil, ainda convivemos com problemas rudimentares de gestão e de planejamento das nossas fontes energéticas", critica o deputado Zé Neto (PT-BA), que pediu a realização do debate
Ele lembra que, ao longo de 2021, o País conviveu com ameaças de racionamento de energia elétrica e com o risco de apagão, fruto da falta de planejamento e de investimentos públicos para mitigar os impactos de mais uma crise hídrica. "Ao mesmo tempo, também sofremos com uma política equivocada de elevação contínua dos preços dos combustíveis, praticada pela Petrobras desde o final de 2016."
O parlamentar critica o governo federal por ter ignorado os avisos dos técnicos do setor sobre os riscos das secas que ocorrem periodicamente no País. "Sem se preocupar com o enorme custo dessa falta de planejamento para a população brasileira, Bolsonaro resolveu que a crise seria resolvida apenas por meio de um brutal aumento de tarifas – chegando a criar mais 'bandeiras tarifárias', que significaram aumentos extras nas contas de luz dos trabalhadores."
Zé Neto afirma que, por isso, a tarifa de energia foi uma das principais responsáveis pelo aumento da inflação do ano passado.
Termelétricas
O deputado denuncia que "recentemente, a imprensa revelou que a população paga mais caro pela energia de termelétricas que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantém acionadas, mesmo com a ocorrência de chuvas recentes que recuperaram parte dos reservatórios de hidrelétricas".
Ele reclama ainda que que o governo autorizou a entrada em operação de um grande número de termelétricas sem planejamento ou avaliação de custos. "Agora, mesmo com melhora nos reservatórios, o governo federal sequer preparou e divulgou um plano para desligá-las", disse Neto, lembrando que o uso de termelétricas é mais poluente e que o setor de combustíveis também passa por uma crise.
"A política de preços dos combustíveis mantida pela Petrobras está elevando os valores desses produtos a patamares históricos, prejudicando consumidores, empresas e o desenvolvimento nacional", alertou acrescentando que a promessa do governo de reduzir os preços mudando a presidência da Petrobras se mostrou vazia.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto:
- a pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis(Ineep), Isadora Caminha Coutinho;
- o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar;
- a economista e professora da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Clarice Ferraz;
- o ex-consultor legislativo da Câmara Paulo César Ribeiro Lima;
- o diretor para assuntos jurídicos do Sindicato dos Eletricitários de Furnas (Sindefurnas), Renato Fernandes;
- o representante da Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente Tiago Bittencourt Vergara;
- a advogada Elisa Oliveira Alves;
- o representante do Coletivo Nacional dos Eletricitários Victor Rodrigues da Costa;
- o representante do Conselho Nacional de Eletricitários (CNE) Fabiola Latino Antezana.
O debate começa às 10 horas no Plenário Ulysses Guimarães.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Ele lembra que, ao longo de 2021, o País conviveu com ameaças de racionamento de energia elétrica e com o risco de apagão, fruto da falta de planejamento e de investimentos públicos para mitigar os impactos de mais uma crise hídrica. "Ao mesmo tempo, também sofremos com uma política equivocada de elevação contínua dos preços dos combustíveis, praticada pela Petrobras desde o final de 2016."
O parlamentar critica o governo federal por ter ignorado os avisos dos técnicos do setor sobre os riscos das secas que ocorrem periodicamente no País. "Sem se preocupar com o enorme custo dessa falta de planejamento para a população brasileira, Bolsonaro resolveu que a crise seria resolvida apenas por meio de um brutal aumento de tarifas – chegando a criar mais 'bandeiras tarifárias', que significaram aumentos extras nas contas de luz dos trabalhadores."
Zé Neto afirma que, por isso, a tarifa de energia foi uma das principais responsáveis pelo aumento da inflação do ano passado.
Termelétricas
O deputado denuncia que "recentemente, a imprensa revelou que a população paga mais caro pela energia de termelétricas que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mantém acionadas, mesmo com a ocorrência de chuvas recentes que recuperaram parte dos reservatórios de hidrelétricas".
Ele reclama ainda que que o governo autorizou a entrada em operação de um grande número de termelétricas sem planejamento ou avaliação de custos. "Agora, mesmo com melhora nos reservatórios, o governo federal sequer preparou e divulgou um plano para desligá-las", disse Neto, lembrando que o uso de termelétricas é mais poluente e que o setor de combustíveis também passa por uma crise.
"A política de preços dos combustíveis mantida pela Petrobras está elevando os valores desses produtos a patamares históricos, prejudicando consumidores, empresas e o desenvolvimento nacional", alertou acrescentando que a promessa do governo de reduzir os preços mudando a presidência da Petrobras se mostrou vazia.
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto:
- a pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis(Ineep), Isadora Caminha Coutinho;
- o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar;
- a economista e professora da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Clarice Ferraz;
- o ex-consultor legislativo da Câmara Paulo César Ribeiro Lima;
- o diretor para assuntos jurídicos do Sindicato dos Eletricitários de Furnas (Sindefurnas), Renato Fernandes;
- o representante da Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente Tiago Bittencourt Vergara;
- a advogada Elisa Oliveira Alves;
- o representante do Coletivo Nacional dos Eletricitários Victor Rodrigues da Costa;
- o representante do Conselho Nacional de Eletricitários (CNE) Fabiola Latino Antezana.
O debate começa às 10 horas no Plenário Ulysses Guimarães.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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Brasil de FÉ